Até quando vai resistir o mundo rural?

Residimos ou resistimos?

As principais quebras demográficas da região sentem-se nas zonas rurais. “Haverá muitas zonas e localidades com a morte anunciada”, dizem ao JF. Ainda há tempo para salvamentos?

O tempo o dirá, mas já há geografias da Beira Interior na Beira Interior que se sentirão com a corda no pescoço.

O ritmo das quebras demográficas fazem-se sentir com particular incidência, e apenas com raras excepções, nas geografias mais distantes do eixo urbano que se estende pela A23, constituído pelas cidades de Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda.

As cidades e freguesias mais urbanas tendem a mostrar outra resiliência ao fenómeno do despovoamento e são, mais uma vez, as zonas de cariz mais rural a sentiram as mais violentas quebras populacionais.

Paulo Fernandes, vice-presidente da Câmara Municipal do Fundão, especialista em desenvolvimento local em áreas de baixa densidade, refere que “a primeira leitura a fazer é a regional. Toda esta região do Centro Interior está numa perda muito agravada de população, com um envelhecimento galopante e com indicadores altamente preocupantes.

E esta é uma questão regional, por muito que às vezes estejamos aqui a fazer leituras de flutuações entre municípios. A região está num estado de desertificação que mesmo aquelas flutuações existentes dentro dela, das áreas rurais para o arco urbano da A23, começam a dar sintomas de grande fadiga”. Um fenómeno que deve preocupar “ todos”, pois “a situação é muito alarmante em termos de perda de densidades”.

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