Não foi fácil chegar a este conceito porque, quando se colocou em cima da mesa a ideia de destacar o melhor de Portugal (entre outros petiscos, garrafões de tintol e uma amiga do francês), os primeiros destaques de coisas boas portuguesas que apareceram ao lado do queijo de Serpa, foram a corrupção, o trabalhar em cima do joelho, o desenrrascanço, o deixa-andar, o clientelismo, a burocracia, os compadrios, os “tachos” e, por unanimidade, a professora Bruna Real.
Como a professora Bruna Real gosta é de dar música a crianças, pareceu-nos, numa altura em que a pedofilia está na boca do povo, ser mais sensato esquecer este tema, assim como abdicar dos restantes destaques por estarem relacionados com as “elites” políticas e com os senhores da economia. Já os garrafões, os petiscos e a amiga do francês mantiveram-se em cima da mesa para que pudessemos continuar a sessão de brainnstorming. “Já que falaram em música mete aí o Barry White”, disse a amiga do francês.
Na verdade consideramos ser melhor falar de coisas sérias e, como a política e a educação parecem ser brincadeiras para as elites deste país, resolvemos cagar nas elites e apostar naquilo que Portugal tem de melhor. O povo, a população rural, as pessoas que se interessam pela ruralidade e conseguem entender que se trata de uma mais-valia para Portugal, país que passaremos a designar como a mercearia do mundo.
Deste lado vamos fazer o nosso papel divulgando tudo o que nos chegar via email e também dar espaço para que os comentários e participações dos leitores acrescentem substância a este espaço cibernético.
Contamos, por isso, com a participação de todos. Enviem textos, notícias, comentários, sugestões de blogues, chouriços, queijos e, porque não, lingerie feminina e (claro), se possível, a professora Bruna Real.