O litoral alentejano

Ora, com que então, o “The Best” foi a Melides e gostou… pois é, eu cá também já fiz uns percursos por essa zona. Ora deixa cá ver os meus arquivos…

“À saída de Setúbal fico com a sensação que estou mesmo a entrar no Alentejo. Começam as planícies a perder de vista, os primeiros sobreiros, as longas searas já ceifadas. E recomeçam as fotos. Deve ser chato para quem vai comigo quando eu interrompo a marcha para tirar uma foto a uma placa que indica o caminho para Gâmbia, só porque eu pensava que a Gâmbia era um país africano e afinal é uma aldeia na margem do Sado. Ou quando paro, uns quilómetros mais à frente, para fotografar avestruzes. E só não parei para fotografar as cegonhas no ninho, construído no cimo da torre de uma igreja, para não perdermos ainda mais tempo. Mas eu acho que viajar é isto: ir sem demasiada pressa, apreciar o caminho, observar as coisas fantásticas, divertidas, surpreendentes, burlescas, fora do comum. “O caminho faz-se caminhando.” E procurar boas fotos, embora eu disso perceba pouco.

Chego a Alcácer vindo de Norte e não dou pelo seu aspecto mais monumental. A entrada é plana; o castelo está quase ao nível do restante casario. Mesmo sabendo de antemão, via José Hermano Saraiva (both programa de TV e livro) que Alcácer domina o vale do Sado e é porta de entrada no Alentejo, não estava a visualizar onde estaria isso. Dei com todo o panorama ao rodear o castelo (& Pousada D. Afonso II) e chegar ao terreiro que domina o vale e mostra o desnível sobre o rio. Paramos para comer.”

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